terça-feira, 11 de setembro de 2007

Cartas das Trincheiras na 1º Guerra Mundial






Queridos pais:
A guerra é horrível, as trincheiras estão lamacentas e cheias de ratos. A comida é muito pouca e a que há é muito desidratada e mal chega para todos.
Têm morrido muitos amigos meus por causa da incompetência dos capitães, que nos mandam depois dos bombardeamentos, ao território inimigo, «a fumar cachimbo e com as armas ao ombro», quando depois os alemães saem dos seus abrigos debaixo de terra e atiram para o meio da infantaria como se fossem uma bandada de ratos.
A vida tem sido muito difícil pois as doenças vão aparecendo constantemente, os piolhos e as pulgas são insuportáveis quando nós queremos combater o inimigo e não podemos, pois a maldição dos piolhos e das pulgas não nos deixam fazer nada com a comichão. Os gases tóxicos vão-nos matando constantemente. Gases que corroem os órgãos vitais.
Isto aqui é muito diferente do nosso mundo, da nossa cidade, da nossa aldeia. Isto aqui parece um matadouro pois pelo chão adiante é só corpos de soldados mortos.
Nós viemos para aqui enganados, pois pensámos que isto só ia durar alguns meses, mas estávamos muito errados pois os Alemães vão atacando de surpresa. É muito duro sobreviver nesta agonia pois não sabemos se isto algum dia vai ter fim.
É tempo de Natal, é tempo de paz, mas nós aqui nem se quer se dorme direito o pouco tempo que temos para descansar.
Meus queridos pais, já tenho saudades vossas e dos vossos carinhos e até das comidas da mãe. Esperem com paciência a minha chegada, pois eu vou fazer o mesmo.
Leopold Mitterran.
Lígia Sofia, nº 12 aluna do9ºE




Amigo Helder






Espero que esta carta te vá encontrar de boa saúde, e em boas condições financeiras pois agora já te libertaram da guerra e já tens emprego.
Escrevo-te para te descrever as cenas de horror vividas aqui nas trincheiras e espero que não digas nada aos meus pais pois eles não merecem saber o que se passa por cá. Depois de tantos anos que passei ao lado deles, a ajudá-los nos melhores e piores momentos, não merecem saber isto.
Viver aqui é como viver no inferno, se algum familiar te perguntar por mim (pois tu és o meu melhor amigo) diz-lhe que ainda não morri e que estou bem de saúde.
As trincheiras são «óptimas», porque fomos os primeiros a abri-las e a escolher melhores terrenos, temos caves subterrâneas onde dormimos e onde cozinhamos mas vive-se em más condições. Os ataques são constantes e há quem não resista aos estilhaços e tem que ir para os serviços médicos. É difícil conquistar terreno ao inimigo porque o arame farpado não permite chegarmos à outra frente. Depois vêm as metralhadoras e varrem tudo e todos e são poucos os que chegam com vida ao território inimigo. De tantos mortos existentes no terreno entre trincheiras, os meus colegas deram-lhe o nome de «Terra de Ninguém».
Aqui até as paredes da trincheira têm ouvidos e temos que reparar no que falamos.
Enquanto a artilharia está em actividade a infantaria entrou em repouso mas sempre atenta a qualquer perigo vindo do inimigo. Agora que chegou o gás não se para e não se aguenta com o cheiro que está activo durante semanas e, por vezes horas depois de várias explosões de gás, morremos sufocados.
Como os ataques de infantaria não resultam, chegaram novos materiais de combate como os aviões para espiar as zonas onde o inimigo guarda o seu armamento de guerra, os tanques de guerra e maquinas de artilharia pesada.
Com as doenças vamos ficando fracos e até as pulgas, ratos e outros bichos nos perturbam o sono e nos enfraquecem a moral.
Estamos cansados de tantas cenas horrorosas que provocam doenças físicas e psicológicas.
Despeço-me desejando-te bom Natal para ti e para a família e para todo o pessoal um grande abraça deste vosso
Amigo - Silvério
Silvério Afonso, nº 22, 9ºD






Querida mãe.



Estou a escrever de uma trincheira. Estamos em repouso porque é o grupo de artilharia que está a actuar. Quando acabarem, o grupo de infantaria vai avançar para a terra de ninguém, que é muito difícil de atravessar devido ao arame farpado e às metralhadoras, onde morrem, milhares de soldados.
Aqui nas trincheiras há muita lama devido às grandes chuvadas, através do parapeito que tem uns sacos de areia em cima para nos protegermos dos tiros e estilhaços, vemos como está o ambiente nas trincheiras vizinhas.
Como se não bastassem os problemas que já temos, fomos invadidos por uma praga de piolhos. Por aqui lutamos contra bombas, armas que disparam milhares de balas por minuto chamadas metralhadoras e gases venenosos que matam milhares de pessoas. Há um gás que permanece durante dias no local. Os inimigos quando o lançam vêm o estado do tempo porque o gás pode vir para trás. Inventaram uma espécie de máscaras para o gás feitas de algodão que são embebidas em urina para filtrar melhor.
Despeço-me aqui, muitos beijinhos para todos .volto a escrever quando tiver oportunidade.

ADEUS.
Nuno Ferreira

Nuno Alexandre nª18aluno do 9º D




Querida Mãe estou-lhe a escrever esta carta para lhe dizer que ainda estou vivo.

Eu gostava de estar em casa, mas isto aqui ainda está muito atrasado.
Aqui está a nevar, por isso está muito frio e há muita água e lama nas trincheiras. Na terra de ninguém, que na outra carta lhe descrevi, está tudo cheio de buracos, cadáveres, lama por causa dos ataques que se têm dado.
Colegas meus já morreram por causa do gás lançado pelo inimigo e também por causa dos estilhaços das bombas quando caiem no chão.
A comida é fraca e é quase sempre o mesmo. Eu e o pai ainda temos um bocado de presunto que nos mandou, mas não dá para a semana toda.
O pai está no bunker. Lá é mais quente e não há problema de morrer porque é construido de betão e de chapas de aço. Eu estou na frente das trincheiras pronto para atacar. Já pensei em aleijar-me para ir para casa, mas depois posso ficar aleijado para o resto da vida. É melhor parar quieto.
No outro dia apareceram piolhos. As nossas roupas foram para as caldeira para lavar, mas ainda havia ovos nas roupas que não morreram. Então nós queimamo-los com cigarros.
Ao domingo vamos à missa por turnos para pedir a DEUS que isto acabe rápido, porque nós estamos fartos de andar aqui.
Mãe tenho de acabar porque estou a ser chamado a combater. Para a semana, se tiver vagar, torno-lhe a escrever.
Beijinhos do Eduardo e do Pai.

Eduardo Silva nº5aluno do 9ºD

















Mãe
Escrevo-lhe para dizer que ainda estou vivo e tenho muitas saudades.
Trabalho na frente de batalha a cavar trincheiras que ficam inundadas porque nasce agua.
Vejo tanta gente a morrer na terra de ninguém... É impossível passar por lá: é arame farpado, são buracos por causa das bombas, são corpos espalhados e para mais, se alguém consegue atravessar, estão as metralhadoras a varrer completamente os soldados. como vê não ando a brincar.
Hoje houve um ataque, isso já é frequente mas o mais perigoso é que foi com o gás venenoso que mata lentamente. Não temos máscaras mas nós arranjamos um pano embebido em urina.
Fiquei assustado quando cá cheguei e vi este armamento todo. Eu que só tinha dado três tiros na recruta encaro com isto tudo... São tanques, aviões, lança chamas, metralhadoras, gás venenoso etc.
O comer não presta, ando todo molhado até nos mudarmos de roupa que é raro. E uma coisa que me irrita são as doenças e os piolhos que são chatos e mordem.
É doloroso andar aqui. Muitos colegas meus já morreram. Nós não somos humanos, somos máquinas destruidoras.
E agora despeço-me porque está na hora de ir trabalhar naquela porcaria enlameada de que já estou farto. Mas tem de ser. Espero conseguir tornar a escrever
Adeus e não te preocupes
Fernando
Fernando Costa nº9Aluno do 9ºD


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Queridos pais
Estou a escrever-lhe esta carta para lhe dar notícias minhas e para lhe agradecer as chouriças que me mandou. Espero que esteja tudo bem de saúde aí na terra pois por cá as coisas não estão nada bem. Em primeiro lugar a guerra parece ser infinita, os ataques são precedidos e preparados por um bombardeamento incrível com obuses, explosivos, bombas incendiárias, gases asfixiantes e muito mais. Depois temos que cavar trincheiras que por vezes ficam inundadas ou enlameadas. As trincheiras têm normalmente 2,30 metros de profundidade e 2 metros de largura. Nos parapeitos das trincheiras colocamos sacos com areia para absorverem as balas e os estilhaços. Em trincheiras com esta profundidade não se consegue espreitar, por isso fazemos uma espécie de elevação no interior.
Só para vocês terem uma pequena ideia do que isto é, as nossas mascaras são compostas por algodões embebidos em urina para nos tentarmos proteger do gás venenoso que destroi os órgãos respiratórios
A higiene é de um nível muito baixo e as enfermeiras já têm medo de estar próximas de nós porque têm medo de serem contagiadas pelas doenças e pelos piolhos.
Isto é uma pequena demonstração da minha vida aqui, espero que por aí as coisas sejam bem melhores e bem mais felizes.
Um grande beijo para você minha mãe e um grande abraço para o meu pai e até um dia.

Mário

Marlene Ferreira, nº 17Aluna do 9ºD



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Queridos pais e irmãos,
Hoje deve ser o meu dia de aniversário. Deve ser, pois depois de dois anos fora de casa nesta guerra sem fim eu já não tenho a certeza de nada.
Isto aqui é totalmente diferente daquilo que eu imaginava da guerra. Nós todos pensávamos que iríamos vencer rapidamente os inimigos da nossa pátria mas foram falsas as nossas expectativas.
Tenho muitas saudades vossas e da vida que tinha, não muita boa, mas melhor da que agora tenho, pois aqui mal durmo. Os inimigos fazem ataques de surpresa, mas também há alturas em que nem nós nem eles atacamos...
Estou a escrever esta carta da capela que nós construímos na trincheira. Estamos a viver em valas com mais de 2 m de profundidade pois disseram que era mais difícil eles atacarem-nos, o que por vezes é verdade pois há cerca de 200 metros de "terra de ninguém" entre a nassa trincheira e a dos inimigos e também temos o arame farpado para nos proteger deles.
A comida é pouca. Só comemos sopa com legumes desidratados. Por vezes o que nos vale é a carne dos cavalos que morrem pois é a nossa única forma de comer carne.
Tenho esperanças em vencer os inimigos da nossa pátria mas já morreram muitos soldados meus amigos devido aos gases tóxico,e às granadas. No último ataque que fizemos fiquei muito ferido numa perna numa luta corpo a corpo.
Agora despeço-me com muitas saudades vossas e peço a Deus que isto acabe depressa.
Um abraço e muito carinho deste vosso filho que por sorte ainda esta vivo.
Mark Kurtzbeine





Dina Cláudia, nº 5; Márcia Ribeiro, nº 16alunas do 9º E




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Queridos Pais:
Escrevo esta carta para desejar um feliz aniversário ao pai; e espero que toda a gente se encontre de boa saúde.
Aqui as coisas não vão nada bem. A vida nas trincheiras é muito dura pois estamos sempre cobertos de lama até aos joelhos. Há colegas meus a morrerem devido à artilharia e ao gás asfixiante inimigo. Para agravar ainda mais a situação, temos a "companhia " dos ratos e temos o corpo coberto de piolhos. A juntar a tudo isto a comida é feita de legumes desidratados, complementada com carne dos cavalos que morrem. Nós próprios a tirámos e a juntamos à sopa que é bastante aguada. Entre nós designamo-la por "arame farpado".
Aqui no campo de batalha a morte está muito perto.
Nos parapeitos das trincheiras colocamos sacos de areia para determos os estilhaços de bombas, que nos podem cortar uma perna, um braço, a cabeça... É para determos as balas e os estilhaços.
Entre a nossa trincheira e a trincheira inimiga existe um terreno a que chamamos " terra de ninguém ". Este terreno está coberto com metros e metros de arame farpado. Ignoramos sempre quando vamos atacar e também não sabemos quando somos atacados.
O plano de ataque feito pelo comandante é nos sempre comunicado em cima da hora. Antes de atacarmos as posições inimigas bombardeamos fortemente a posição do inimigo, para causarmos o maior número de baixas possíveis e para causarmos estragos materiais. Este ataque dura vários dias. Depois, a nossa infantaria sai das trincheiras e assalta as trincheiras inimigas. O risco de morrermos acompanha-nos sempre que atacámos a posição inimiga, pois ao passarmos pela " terra de ninguém ", para além de tentarmos lutar contra as metralhadoras frrancesas, também temos de ultrapassar o arame farpado, os detritos de armamento, as crateras cheias de água e lama provocadas pelos bombardeamentos, e os corpos em decomposição, o que causa muitas baixas.
Quando somos atacados, escondemos- nos em abrigos profundos, para não sermos atingidos, e quando a infantaria inimiga avança é varrida pelas nossas metralhadoras.
Os ataques com gás asfixiante são terríveis, pois causam muitas baixas...
Enfim, queridos pais, não quero que pensem muito nisto que vos contei. Espero que continuem com muita saúde. Feliz aniversário pai. Um abraço para ti e para a mãe!
Deste filho que tanto vos adora:
Enrich
Edgar Barreira 9º E n.º6João Carvalho 9º E n.º 11
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MAPAS DA GUERRA:

O Mapa abaixo mostra as alianças que foram estabelecidas para a Guerra, no entanto, é necessário lembrar as mudanças que ocorreram entre os membros das duas Alianças.


Entre 1878 e 1882, o Chanceler alemão Bismark promoveu uma série de acordos com a Áustria, Itália e Rússia, destacando-se o da Tríplice Aliança, envolvendo Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro, com o objetivo de isolar a França.Na virada do século a França estabeleceu acordos comerciais e políticos com a Rússia e Itália. Em 1904 foi criada a Entente Cordiale, envolvendo França e Inglaterra num acordo defensivo e, em 1908 formou-se a Tríplice Entente


O mapa abaixo mostra as áreas de combates, tanto na frente ocidental como na oriental, e nos dois casos percebe-se o avanço das tropas alemãs, que na frente ocidental invadiu a Bélgica e posteriromente a França, que pretendia derrotar rapidamente. Apesar de as tropas alemãs terem se aproximado de Paris, foram derrotas na Batalha do Marne (de 5 a 10 de setembroNote que a Itália aparece junto a Entente.




A Maior parte da Guerra ficou conhecida como Guerra de Trincheiras, maracada pelo equilibrio, principalmente na frente ocidental. Na frente oriental, os russos sofreram várias derrotas, foram forçados a entregar territâ??;orios, porém mantiveram-se na Guerra até a ascensão dos Bolcheviques ao poder.O mapa abaixo mostra as principais frentes de batalha, destacando-se as trincheiras na frente ocidental.


Carros blindados


Foi durante a 1ª Guerra Mundial - caracterizada pela “guerra de posição” (surgida graças à efetividade alcançada pelo fuzil de repetição, pela metralhadora e pela artilharia, aliados à combinação dos obstáculos nas posições fortificadas) - que praticamente nasceu a necessidade de estabelecer a mobilidade no campo de batalha.
Porém, essa mobilidade só seria alcançada se fosse vencida a defesa inimiga em seu conjunto (fuzileiro, projétil, obstáculos e terreno). Era necessário,, então, dispor-se de um meio de combate blindado à prova de projetis, com capacidade de se deslocar fora dos “caminhos” e sobre o campo de batalha,, dispondo ainda de um adequado poder de fogo.
Em conseqüência, cada país participante concentrou seus esforços na pesquisa e desenvolvimento de tal engenho. O resultado foi o primeiro “carro de combate”, empregado pela primeira vez em 15 de setembro de 1916, na batalha de SOMME, pelos ingleses, com a denominação de “tank”, que persiste até hoje.

Na 1ª Guerra Mundial os carros, apesar de ainda em fase embrionária, foram largamente empregados em batalhas (CAMBRAI, em novembro de 1917 e AMIENS, em agosto de 1918) nas quais participaram cerca de 400 a 600 carros de combate, com resultados altamente satisfatórios.

Fatores da 1º Guerra Mundial


Fatores gerais da Guerra Mundial

• Disputa dos mercados internacionais pelos países industrializados, que não conseguiam mais escoar toda a produção de suas fábricas. Tal concorrência era particularmente acirrada entre a Grã-Bretanha e a Alemanha.


• Atritos entre as grandes potências devido a questões coloniais. Alemanha, Itália e Japão participaram com atraso da corrida neocolonialista e estavam insatisfeitos com as poucas colônias que haviam adquirido

.• Exacerbação dos nacionalismos europeus, manipulados pelos respectivos governos como um meio de obter a adesão popular à causa da guerra. Há que considerar ainda o nacionalismo das populações que se encontravam sob o jugo do Império Austro-Húngaro ou do Império Russo e ansiavam pela independência.Fatores específicos
Fatores específicos

• A França alimentava em relação à Alemanha um forte sentimento de revanchismo, por causa da humilhante derrota sofrida na Guerra Franco-Prussiana de 1870-71, e desejava recuperar a região da Alsácia-Lorena, perdida para os alemães naquele conflito.
• A Itália, cujo processo de unificação política ocorrera no século XIX, desejava incorporar as cidades “irredentas” (não-redimidas) de Trento e Trieste, que continuavam em poder da Áustria-Hungria.
• O Reino da Sérvia aspirava à formação de uma Grande Sérvia; para tanto, pretendia anexar o vizinho Reino do Montenegro e as regiões da Bósnia-Herzegovina, Croácia e Eslovênia, pertencentes ao Império Austro-Húngaro. As ambições sérvias eram respaldadas pela Rússia, desejosa de consolidar sua influência nos Bálcãs para ter acesso ao Mar Mediterrâneo.
• O decadente Império Otomano (Turquia), apelidado O Homem Doente da Europa, vinha sofrendo uma dupla pressão: da Rússia, que tencionava apossar-se dos estreitos do Bósforo e dos Dardanelos, e da Grã-Bretanha, que desejava libertar as populações árabes do domínio turco, a fim de poder explorar o petróleo do Oriente Médio. Tal situação levou o governo otomano a se aproximar da Alemanha, em busca de ajuda técnica e militar.
PRIMEIRA GURRA MUNDIAL !!!

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De cima para baixo e da esquerda para a direita: Trincheiras na Frente Ocidental; o avião bi-planador Sopwith Camel; um tanque britânico Mark I cruzando uma trincheira; uma metralhadora automática comandada por um soldado com uma máscara de gás; o afundamento do navio de guerra Real HMS Irresistible após bater numa mina.

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REVISTA MENSAL FIST WAR!


REVISTA MENSAL FIST WAR!

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1)ENGENHARIA MILITAR :

Trincheira é um canal estreito e longo, escavado no solo, com a finalidade de proteger os soldados dos ataques de seus inimigos.Apesar de designar qualquer tipo de escavação linear, este termo está associado ao seu uso militar. Apesar do uso da trincheira no meio militar ser antiga, foi com o advento da metralhadora na Primeira Guerra Mundial, que se praticou, pela primeira vez, uma guerra de trincheiras.
Na
Engenharia Militar a trincheira é uma fortificação de campanha, utilizada para protecção pessoal. Geralmente tem uma profundidade suficiente para ocultar completamente um homem de pé, abrigando-o do fogo inimigo. A trincheira é, essencialmente, um meio defensivo, cuja utilidade em si reside na deslocação de tropas de forma dissimulada, possibilitando o seu posicionamento de forma a poder fazer fogo de uma posição protegida.
A abertura de trincheiras é feita a força braçal, estando condicionada pelas condições do terreno. Caso o terreno não permita escavação podem ser levantadas
barricadas com sacos de areia ou outro tipo de obstáculo artificial. Geralmente as trincheiras não são abertas em linha recta. Desta forma um soldado numa trincheira nunca vê mais de 10 metros. Assim, no caso de invasão num dado ponto por uma força inimiga, esta não possa "fazer tiro" no enfiamento. Da mesma forma, caso seja atingida por uma granada os seus estilhaços terão menor alcance, minimizando os danos.
Geralmente a abertura de trincheiras está associada a outras fortificações defensivas como
abrigos subterrâneos ou casamatas
























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2) MATERIAL BÉLICO:
A) METRALHADORA:
Metralhadora é o nome que se dá à arma de fogo automática que em pouco tempo dispara numerosos projeteis de calibre inferior a 20 mm, análogos aos dos fuzis e demais armas portáteis.
A cadência estimada de tiro de uma
arma automática, pode variar de 350 a 600 TPM (Tiros por minuto).Aperfeiçoadas no final do século XIX, e principalmente depois da Primeira Guerra Mundial, as metralhadoras foram dotadas de grande precisão até 2.000 metros e armam a infantaria, os carros blindados e os aviões. Na primeira guerra mundial a França pensava que as metralhadoras não fariam diferença alguma na guerra, tal o número de soldados que possuía; assim, os franceses atacaram os alemães e logo recuaram com milhares de mortos e o dobro de feridos, sendo que ao longo dos anos as metralhadoras foram se aperfeiçoando e tornando-se ainda mais mortais.
A metralhadora mais famosa do mundo, é a
MG42 usado pelo exército alemão durante a segunda guerra mundial. Para cada pessoa que um morteiro matou na segunda guerra, a MG42 foi responsável por outras
















B) MINA NAVAL:
A mina naval é um artefato explosivo, em geral estacionário, que é ativado ao toque de uma pessoa, veículo ou embarcação.
Basicamente a mina é uma carga explosiva e um
detonador, este produz a inflamação da carga explosiva em função do disparo recebido pelo mecanismo sensor de aproximação, de impacto ou pressão. As minas submarinas foram introduzidas na guerra em meados do século XIX. Feitas em aço forjado, moldado ou fundido, têm forma esférica ou ovalada. Em seu interior contêm ar suficiente para flutuar na água e explodem mediante a proximidade de navios ou submarinos.
As minas subaquáticas geralmente são instaladas por
lança-minas que consistem em navios especializados para lançá-las na água. Outra forma de instalá-las são aviões especiais.
Normalmente a mina é ancorada num lugar pré-determinado, ficando flutuando sob a superfície e na altura determinada por um cabo ou corrente. A profundidade da mina é dada pelo tamanho da
embarcação que se quer atingir.
A explosão da mina se dá no momento em que houver o contato ou aproximação do casco de uma embarcação. A disseminação das minas é determinada pelo baixo custo de produção e seu alto poder destrutivo.
Existem duas formas de utilização das minas:
Ofensiva- quando colocadas em locais por onde os navios inimigos costumam passar ou próximo a seus
ancoradouros.
Defensiva- são colocadas, em diversos níveis de profundidade, nas proximidades dos ancoradouros e instalações, para protegê-los tanto de navios quanto de submarinos inimigos.
Existem minas de sabotagem, aquelas que são instaladas por sabotadores ou unidades especiais que fixam os dispositivos nos cascos das embarcações para posterior explosão. Em geral, as minas submarinas convencionais possuem em média 225 Kg de explosivos.
Para detectar as minas, retirá-las ou destruí-las, existem embarcações e aviões especializados chamados de
caça-minas e draga-minas/navio varredor.






















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3) TECNOLOGIA:


A Primeira Guerra Mundial foi uma mistura de tecnologia do século XX com tácticas do século XIX.
Muitos dos combates durante a guerra envolveram a
guerra das trincheiras, onde milhares de soldados por vezes morriam só para ganhar um metro de terra. Muitas das batalhas mais sangrentas da história ocorreram durante a Primeira Guerra Mundial. Tais batalhas incluiam Ypres, Vimy Ridge, Marne, Cambrai, Somme, Verdun, e de Gallipoli. A artilharia foi a responsável pelo maior número de baixas durante a guerra.
Neste conflito estiveram envolvidos cerca de 65 milhões de soldados e destacaram-se algumas figuras militares, como o estrategia da
Batalha de Marne, o general francês Joffre, o general Ferdinand Foch, também da mesma nacionalidade, que veio a assumir o controle das forças aliadas, o general alemão Von Klück, que esteve às portas de Paris, general britânico John French, comandante do Corpo Expedicionário Britânico e o comandante otomano Kemal Ataturk, vencedor na Batalha de Gallipoli contra a Inglaterra e o ANZAC (Austrália e Nova Zelândia).
A
guerra química e o bombardeamento aéreo foram utilizados pela primeira vez em massa na Primeira Guerra Mundial. Ambos tinham sido tornados ilegais após a Convenção Hague de 1907.
Os aviões foram utilizados pela primeira vez com
fins militares durante a Primeira Guerra Mundial. Inicialmente a sua utilização consistia principalmente em missões de reconhecimento, embora tenha depois se expandido para ataque ar-terra e atividades ar-ar, como caças. Foram desenvolvidos bombardeiros estratégicos principalmente pelos alemães e pelos britânicos, já tendo os alemães utilizado Zeppelins para bombardeamento aéreo.
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4) DESFECHO DA GUERRA :
A partir de 1917 a situação começou a alterar-se, quer com a entrada em cena de novos meios, como o carro de combate e a aviação militar, quer com a chegada ao teatro de operações europeu das forças norte-americanas ou a substituição de comandantes por outros com nova visão da guerra e das tácticas e estratégias mais adequadas; lançam-se, de um lado e de outro, grandes ofensivas, que causam profundas alterações no desenho da frente, acabando por colocar as tropas alemãs na defensiva e levando por fim à sua derrota. É verdade que a Alemanha adquire ainda algum fôlego quando a revolução estala no Império Russo e o governo bolchevista, chefiado por Lenin, prontamente assina a paz sem condições, assim anulando a frente leste, mas essa circunstância não será suficiente para evitar a derrocada. O armistício que põe fim à guerra é assinado a 11 de Novembro de 1918.
* Vitória da Tríplice Entente. Fim do Império Alemão, do Império Russo, do Império Turco-Otomano e Império Austro-Hungáro. Criação de novos países no Leste Europeu.
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